Se bacia de plástico era boa, provavelmente as de hoje são melhores, não acha? Mas pensa aí que ninguém soube enquanto ela era viva, qual era o crime tão medonho dela, vê que duas pagavam pecados de tamanhos diferentes com a mesma vexação, ninguém sabia também da outra, eu nunca disse que eu a conhecia e ela gostava de homem novo por que eu nunca imaginei que para aquele castigo tinha pecadoras medonhas. Sabe a bacia era de plástico e eu descobri que o negócio de família era antigo, a maioria dos casos era homens já velhos que cairam do telhado, muito esquisito mais quando a pessoa é velha parece que tem o reflexo de cair sentado, já velho a bacia se quebra todinha, os mais novos tendem a cair deitado e ficar tetraplégico. O plástico da época tinha que ser trocado em especial ela que usava aquilo desde que nasceu, por que plástico envelhecia, e se deteriorava. A de metal era muito pesada podia atrapalhar o desenvolvimento das pernas, e parece que tende a reagir dentro do corpo e queimar e plastíficar a carne ao redor, repugnante assim, mais hoje deve ser bem melhor. Ela tinha problemas e o médico dela não sabia o que fazer, eu disse pro médico dela que deixasse ela sem a bacia e mantesse as pernas ela iria ficar deitada, na cadeira amarrada, quando ela tivesse melhor voltava a usar, ela tinha alérgia, se os outros históricos pacientes eram velhos quanto anos usaram a ponto de ter uma alérgia? Ela quis fazer uma terapia, ela dizia que sentia uma sensação de desvirginamento não ter uma bacia real. Que ela se sentia nua, que faltar uma bacia a sensação era que ela não estava vestida.
Rute Bezerra de Menezes Gondim
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